domingo, 21 de dezembro de 2008

PORQUE NÃO SOU MAIS ESPÍRITA

Porque não sou mais espírita
Por: Maurício Carlos da Silva Braga

O testemunho de alguém que encontrou o evangelho segundo a Bíblia.

“E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”. Hebreus 9: 27, 28.

“No inicio de meus estudos da Bíblia, ao me deparar pela primeira vez com esse texto bíblico, fiquei muito pensativo, tentando encontrar uma interpretação que sintonizasse a doutrina espírita com a Bíblia, mas, decepcionado e perplexo, descobri que esse conflito era intransponível. A assertiva era muito taxativa: “aos homens está ordenado morrerem uma só vez” Não há brechas ou interpretações: morrer uma só vez! É incabível, portanto, a teoria da reencarnação, que pressupões inúmeras mortes do homem.”


Por mais de 16 anos, o advogado Maurício Braga freqüentou uma instituição espírita. Tornou-se um instrutor da doutrina.
Um dia, precisando de subsídios para suas aulas religiosas, buscou a ajuda de alguém que realmente conhecia a Bíblia.
Resultado: ele encontrou a Cristo nas páginas sagradas da Palavra de Deus e hoje é um cristão dedicado a pregar o evangelho aos seus ex-irmãos da fé.
Aqui, ele dá o seu testemunho e mostra as crenças e os equívocos fundamentais do espiritismo. O testemunho, não é um ataque desrespeitoso, é acima de tudo, um convite amigável para um estudo sério da Bíblia e um posicionamento diante da verdade eterna. “A Bíblia contém a verdade divina, lógica e imutável”, diz Maurício. Confira você mesmo o evangelho original.

A busca do Conhecimento

Ao longo demais de dezesseis anos, eu freqüentei uma instituição espírita chamada Seara Bendita, de linha kardecista (seu iniciador foi Allan Kardec). O kardecismo difere de outras linhas da umbanda e quimbanda. Embora essas denominações também creiam que os espíritos sejam pessoas desencarnadas, elas tem atuação e objetivos diferenciados e possuem alguns tipos de cerimônia ou rituais o que o kardecismo não tem. No kardecismo há uma preocupação muito grande com o estudo do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” , assim como a doutrina espírita, codificada em uma serie de livros, todos, de acordo com o espiritismo, “ditados por espíritos” a Allan kardec (e outros).

Comecei a frequentar a referida instituição porque entendi, num primeiro momento, que era uma doutrina baseada na Bíblia. As palestras abordavam bastante os evangelhos (embora sob a interpretação do espiritismo), assim como “o mundo dos espíritos” , dentro de uma ótica de aparente “justiça divina”.

Fiz diversos cursos de estudo da doutrina e, nos últimos três anos, já estava sendo expositor, ou seja, dando aulas. A aula era composta de duas partes: a primeira (de uns vinte minutos) era a parte evangélica, que tinha como base o livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”; e a segunda (de uns quarentas minutos) era a parte doutrinaria que abordava toda a explicação do que e o espiritismo, suas características e aspectos, fundamentando-se nas centenas de livros “psicografados” por dezenas de médiuns.

Ao longo daqueles dezesseis anos, aprendi na instituição espírita e ensinava aos freqüentadores dos cursos o seguinte:

1. As encarnações e reencarnações teriam por escopo o burilamento do ser humano ao longo dos séculos. A cada reencarnação aprenderíamos um pouco mais, nascendo ora como homem, ora como mulher, ricos e pobres, dotados de maiores ou menores recursos de inteligência e situação socioeconômica, com possibilidades variadas, enfim, caminhando dessa forma, em direção ao aprimoramento de nosso espírito, que seria nossa real essência e corpo, ate atingir a perfeição.

2. Viveríamos em estados e mundos diferentes. O mundo espiritual seria composto de esferas diversas, de acordo com padrões vibracionais e estágios diferenciados de elevação ou atraso espiritual.

3. Pela “lei do carma” (causa e efeito), sempre que tinhamos um problema ou passávamos por sofrimentos, na verdade, estávamos resgatando, na maior parte das vezes, um mal cometido em vidas passadas.

4. O espiritismo seria o “Consolador” prometido por Jesus (João 14:16)

Pois bem, no inicio de 2000, fui designado para ministrar aulas da parte evangélica e senti que elaborar os ensinamentos apenas com base no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo estava sendo insuficiente. Tentei robustecer as explicações com os textos da Bíblia, mas tive um pouco de dificuldade de entender, por causa da sua linguagem, que me parecia um tanto complexa.

Procurei então o auxilio de alguns expositores mais antigos da instituição espírita (não obstante o fato de que eu já contava com 16 anos de casa). Mas, com surpresa, constatei que nenhum deles tinha conhecimento da Bíblia, ate porque, no seu próprio dizer, não tinham o habito de lê-la e estudá-la. Estudavam apenas o livro O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Na época, eu sabia que meu irmão Mauro Braga, era um profundo estudioso da Bíblia havia quatro anos, pelo menos. Contatei-o para que me indicasse alguém que pudesse me dar estudos bíblicos. Ele indicou um amigo e irmão da fé, Moises, que passou a me dar estudos bíblicos na minha casa. Isso durou uns quarenta dias. Depois, comecei a freqüentar a classe bíblica da Igreja Adventista do Tatuapé, onde meu próprio irmão Mauro Braga dava aulas, como o faz ate hoje. Trata-se de uma classe bíblica, onde ocorre o estudo da Palavra de Deus toda quarta-feira, das 08 as 09 horas, ao longo do ano inteiro.

Deixei muito claro, desde o inicio, que queria estudos bíblicos com o objetivo aberto e determinado de enriquecer minhas aulas na instituição espírita Seara Bendita, com o que Moises e Mauro concordaram. E importante frisar que eu me encontrava satisfeito e plenamente convicto do espiritismo. Ou seja, não estava em busca de alguma verdade nova ou algo que pudesse preencher qualquer vazio em mim. Meu interesse era apenas completar minhas aulas.

Pois bem, desde os primeiros estudos da Bíblia, sempre escutei atento e em silencio, não apenas para evitar entrar em polemicas ou questionamentos,mas também porque queria estar afastado de qualquer conceito preconcebido. Tinha, com efeito, a intenção sincera de ouvir, refletir e aprender, antes de pretender discordar de alguma interpretação que destoasse dos fundamentos espíritas.

No entanto, após dois meses de aulas, comecei a perceber conflitos entre os textos bíblicos e os ensinamentos da doutrina espírita. Isso nada tinha haver com interpretação, mas com a própria essência dos princípios. Sentia-me um tanto desconfortável, pois era difícil compreender e aceitar a existência de tais conflitos. Afinal, não e fácil abalar convicções formadas ao longo de dezesseis anos, calcadas na certeza da plena sintonia entre o espiritismo e a Bíblia.

A principio, tentei me convencer de que a Bíblia teria uma linguagem figurada, agora complementada ou explicada pela doutrina espírita. No entanto, as divergências, como eu disse, atingiam o fundamento, o cerne, não comportando interpretações, mas apresentando conceitos opostos. O que estaria certo?

Tive de refletir bastante para chegar a seguinte conclusão: se a doutrina espírita estava alicerçada na Bíblia, então ao derrubar a vigência das palavras da Bíblia como fundamento da doutrina, isso derrubaria a própria doutrina. Seria como se tirasse o chao de onde a casa estava construída. Já a recíproca não era verdadeira, ou seja, renegar a doutrina espírita não implicava em abater a Bíblia,mas, ao contrario, dar-lhe a perfeita aplicação.

O aprofundamento do estudo da Bíblia me trazia uma clareza de fundamentos lógicos muito fortes, um encadeamento perfeito dos planos e da justiça de Deus, plenamente delineados por meio das profecias, que aniquilam a possibilidade da tese espírita.

Alem disso, se mais de 95% das profecias já haviam se tornado realidade, com provas cientificas, por que os últimos 5% também não se realizariam? E, como veremos adiante, a realização dos últimos 5% acaba de fulminar irremediavelmente a doutrina espírita.

Convido você para estudarmos juntos a Palavra de Deus e chegarmos a conclusão de onde esta a verdade.

Confronto Com a Bíblia

A doutrina espírita esta fundamentada em cinco princípios:

1) Reencarnação

2) Estado do homem após a morte

3) Lei do carma

4) Médiuns

5) Evolução

Creio que o melhor método e seguirmos os princípios básicos do espiritismo para confrontá-los com os textos bíblicos Se os conceitos primordiais da doutrina espírita não encontrarem base bíblica, principalmente no que tangem aos ensinamentos de Jesus, então tal doutrina não tem como provir de Deus.

Reencarnação

De acordo com a doutrina espírita, o espírito do homem seria imortal e a desencarnação seria o desprendimento do espírito de seu corpo. Para o espiritismo, o corpo se decompõe, enquanto o espírito se dirige as esferas do plano espiritual que sejam adequadas ao seu estagio atual de desenvolvimento. Nessas esferas vibracionais, o espírito passaria um período mais ou menos curto, de acordo com a necessidade de aprendizado e preparação de sua nova encarnação. O objetivo das reencarnações seria promover o burilamento do espírito, que, com as experiências de varias vidas, iria evoluindo ate atingia a perfeição.

Logo de inicio, em Gênesis, surge a primeira grande controvérsia, não somente do espiritismo mas do próprio Universo. No inicio da criação, em dialogo com o homem, Deus disse “De toda arvore do jardim comeras livremente, mas da arvore do conhecimento do bem e do mal não comeras; porque, no dia em que dela comeres, certamente morreras” Gn. 2:17
Em seguida, referindo-se a esse mesmo dialogo, Satanás disse: “E certo que não morrereis.” Gn. 3:4

Ora, se Deus afirma que certamente (e não provavelmente) morreremos, quem pode contestar essa certeza? Mas a pedra fundamental do espiritismo é de que não morreremos, mas apenas desencarnaremos. Continuaremos vivos, encarnando e desencarnando, indefinidamente, até atingirmos a perfeição!

Aqui devemos ressaltar que a perfeição é um atributo exclusivo de Deus. E não se diga que o termo “perfeição empregado pelo espiritismo é relativo ou figurado, pois não existe perfeição parcial. Ou é ou não é perfeição.

Há então, como claramente podemos ver, um sério conflito entre o que o espiritismo prega e as palavras proferidas no principio por Deus. A afirmação “não morrereis” contém o princípio da imortalidade da alma.

Em Ezequiel 18:4, a Palavra do Senhor adverte que “a alma que pecar essa morrerá”.
Note-se que o profeta não se refere ao corpo físico, mas especifica expressamente a alma, definindo-a como mortal.

Quem é imortal então? De acordo com a Bíblia, só Deus é imortal. Paulo diz, em I Timóteo 6:15 e 16, que Deus é “o Único que possui imortalidade”.

Hebreus 9: 27 e 28 é ainda mais contundente, quando trata do sacrifício de Jesus, dizendo que, de uma só vez, com Sua morte, Ele pagou por nossos pecados: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”.

No inicio de meus estudos da Bíblia, ao me deparar pela primeira vez com esse texto bíblico, fiquei muito pensativo, tentando encontrar uma interpretação que sintonizasse a doutrina espírita com a Bíblia, mas, decepcionado e perplexo, descobri que esse conflito era intransponível. A assertiva era muito taxativa: “aos homens está ordenado morrerem uma só vez” Não há brechas ou interpretações: morrer uma só vez! É incabível, portanto, a teoria da reencarnação, que pressupões inúmeras mortes do homem.

Pior ainda, para essa teoria, quando analisamos a continuação do versículo: “vindo, depois disso, o juízo”. Ora, como ampla e detalhadamente explicado na Bíblia, se após uma única morte há um único juízo (em três fases), que definirá o destino de todas as pessoas, então como se coadunar a tese de múltiplas mortes e reencarnações, até que o espírito atinja a perfeição?

Pela doutrina espírita, não há uma só morte, mas várias e indefinidas, assim como não há um só juízo, mas vários, de certa forma, já que após cada desencarnação há uma definição do novo destino ou da nova vida que o espírito vai seguir em direção a uma almejada perfeição.

A prevalecer tal entendimento, o ensino bíblico é praticamente inutilizado, do mesmo modo que o próprio sacrifício de Jesus é anulado. Como explicar a promessa de Jesus de que voltará uma segunda vez para resgatar os justos vivos e mortos?

Se a própria pessoa pudesse pagar por seus pecados (através do “resgate”, ou lei do carma, em novas reencarnações), como sugere o espiritismo, e se por suas obras crescesse até adquirir o direito ao convívio com Deus por atingir a perfeição, então Jesus, de acordo com essa tese, não quitou nossos pecados com Sua morte na cruz, não é nosso intercessor único junto ao Pai e não virá nos buscar no dia da execução do juízo, até porque nem juízo final haveria.

Se a tese do espiritismo pudesse prevalecer, o santuário terrestre e, principalmente, o celeste (imprescindível estudar esse assunto na Bíblia), com todo o seu profundo significado de sacrifício de um ser inocente e puro (Jesus) para saldar os pecados do homem (preconizando a primeira vinda de Jesus), viraria uma “história de mentira”.

Quem estudar a Bíblia verá com seus próprios olhos a profundidade, a verdade e a benção contidas nos rituais do antigo santuário terrestre, criado por ordem expressa de Deus em benefício da salvação do ser humano, como prenuncio de que só através de Jesus encontraremos o perdão dos nossos pecados.

Há ainda a promessa de Jesus de que ressuscitará os crentes no “último dia” (João 6:54), deixando claro e expresso que haverá ressurreição e não reencarnação, bem como que haverá um “último dia”, um ponto final em uma única existência. Isso novamente lança por terra a possibilidade de reencarnações até as perfeição.

Uma vez mais, entre tantas, Jesus é explícito: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” João 5:29

Denota-se, com profunda ênfase, que haverá apenas uma ressurreição e apenas um juízo para cada pessoa. É importante frisar que esses são ensinamentos do próprio Jesus Cristo, que se encadeiam com todo o plano de salvação revelado na Bíblia. Daí a evidência da farsa do espiritismo e sua premeditada, sutil e ardilosa intenção de desviar-nos do plano de salvação engendrado para nós por nosso Criador. Mais adiante veremos o que está escondido por trás dessa tragédia.

E a morte, o que é então? Diz Eclesiastes 12:7: “e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu.”

O corpo volta ao pó, e o fôlego da vida retorna a Deus. O Criador apenas retira da pessoa a vida que lhe havia emprestado ao nascer.

Tomemos uma lâmpada perfeita, pronta para iluminar, como exemplo. Quando a eletricidade (energia) chega a ela, produz luz. Desliguemos a corrente. O que acontece? A lâmpada se apaga, pois ela não tem luz própria. Para onde foi a luz? Apagou-se. Não existe mais. A energia voltou a usina geradora e a lâmpada vira um corpo inerte.

Pois bem, o ser humano (alma) é como a lâmpada. Ele precisa de energia divina, ou seja, o fôlego da vida para torná-lo alma (pessoa) vivente. Se essa energia é cortada, ele morre. A luz se apaga. A alma vivente perece, não existe mais. O princípio luminoso voltou à grande Usina Geradora, que é Deus (“e o espírito volte a Deus, que o deu”).

Estado do homem após a morte

Após a morte, segundo a doutrina espírita, o espírito permaneceria num estado chamado de “erraticidade”, onde ele ficaria imantado ao local ou esfera compatível com seu estado de evolução. Tal doutrina ensina que existiriam, no plano espiritual, cidades compostas de estruturas próprias e características para abrigar tais espíritos desencarnados, que se preparam para as novas encarnações. De acordo com sua necessidade de aprendizado e crescimento espiritual, receberiam programações de vida, genes, potencialidades, enfim, para suportar as provas e expiações por que teriam de atravessar em sua próxima vida (encarnação).
Vejamos o que a Bíblia diz acerca do que fazem ou sabem os mortos:
“Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” Ec. 9: 5-6

“Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio;” Sl. 115:17
A elucidação bíblica é diametralmente oposta à doutrina espírita. Os mortos não sabem coisa alguma e não ficam aguardando reencarnações. Eles tão-somente aguardam o dia da execução do juízo, quando ressuscitarão para a vida ou para a condenação.
“Porque, se os mortos não são ressuscitados, também Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados. Logo, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. ICo 15:16-18
Aqui podemos constatar claramente que a tese da reencarnação não encontra base bíblica, mas ao contrário, contestação bíblica.
A Palavra de Deus expressa que Cristo ressuscitou, e não que “reencarnou”. E ressuscitou para voltar uma segunda vez, com o objetivo de resgatar, buscar os justos vivos e mortos, como revela a Bíblia.
Essa passagem bíblica pode explicar aos que não acreditam que, se não fosse possível a ressurreição dos mortos quando da volta de Jesus, também não seria possível crer na possibilidade da nossa salvação ou daqueles que morreram acreditando nessa verdade.
O princípio da “reencarnação” traz em seu interior a negação da verdade cristocêntrica. Este talvez seja o seu maior e mais disfarçado perigo: pregar que o ser humano não precisa de Cristo para se salvar, mas apenas de si próprio; que ele, por meio das suas próprias obras, pode evoluir e chegar à perfeição; que Cristo não resgatou nossos pecados, mas o próprio homem os resgata através das suas reencarnações; que Cristo não é o caminho, a verdade e a vida, mas sim as reencarnações o são!

Lei do Carma

De acordo com a lei do carma, também chamada de “causa e efeito”, todas as nossas ações ficariam como que gravadas em nossa “ficha espiritual”, de forma que tudo o que passamos em nossa vida atual seria resultado, direto ou indireto, de nossas ações em supostas vidas anteriores. Nossas más atitudes gerariam conseqüências que deveriam ser resgatadas. Exemplo: se um ser humano têm deficiência em uma das mãos, seria provável conseqüência de mau uso de sua mão em vida anterior.
É de se crer que um assunto tão importante e decisivo em nossa vida deveria ser objeto de abordagem na Bíblia, até como forma de consolação para suportarmos nossas mazelas. E, com efeito, o é, só que em sentido oposto, contrariando a lei do carma preconizada pelo espiritismo.
Lemos em João 9:1-3 “E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus.”
Ora, esta seria uma grande oportunidade para Jesus confirmar que a cegueira de nascença daquele homem teria sido imposta por Deus como conseqüência de atos anteriores dele próprio, até porque, aparentemente, não há causa para tal mal, já que veio desde seu nascimento. No entanto, Jesus deixa claro que o inocente pode ser atingido pelo pecado, sim, mas não por uma determinação de Deus.
Romanos 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.”

Deus perdoa o pecado mas não elimina suas conseqüências.
Êxodo 34:7 “que usa de beneficência com milhares; que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado; que de maneira alguma terá por inocente o culpado; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração.”
Gálatas 6:7 “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.”
Os males são conseqüência do pecado e Deus apenas não interfere, porque Ele marcou um dia em que vai intervir definitivamente e decisivamente: o dia do juízo final.

Médiuns

O que seriam os médiuns, segundo o espiritismo?
Seriam os intermediários entre os espíritos desencarnados e as pessoas.
Pela doutrina espírita, todos seríamos médiuns, cada qual com seu dom, cujo estado de desenvolvimento seria diversificado. As pessoas serviriam para intermediação de espíritos diversos. O espiritismo chega a dizer que há quase uma necessidade, em certos casos, de “desenvolver” esses dons ou essa mediunidade, mediante o estudo e o trabalho nas casas espíritas.
Partindo da premissa que a atuação dos médiuns serviria para interpretar ou traduzir o que os espíritos nos têm a transmitir, e na hipótese de que complementassem, explicassem, esclarecessem as mensagens celestes, lembrassem os ensinamentos do Mestre Jesus, obviamente deviam receber toda benção divina e ter um tratamento específico na Bíblia.
Outra vez, assim ocorre. Realmente, os médiuns têm um tratamento específico na Bíblia. Note que em algumas versões a palavra “necromante” é traduzida como “médium”.
Levítico 19:31 ”Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus.”
Levítico 20:6 “Quanto àquele que se voltar para os que consultam os mortos e para os feiticeiros, prostituindo-se após eles, porei o meu rosto contra aquele homem, e o extirparei do meio do seu povo.”
Levítico 20:6 “O homem ou mulher que consultar os mortos ou for feiticeiro, certamente será morto. Serão apedrejados, e o seu sangue será sobre eles.”
Deuteronômio 18: 10-12 “Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.”
Isaías 8:19 ” Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?”
Como claramente se pode depreender, se Deus abomina os médiuns dessa forma, obviamente é porque as manifestações é porque as manifestações mediúnicas são provenientes do mal. Não se discute, assim, a existência em si das manifestações mediúnicas, mas sim sua origem e autoria.
Com efeito, não há uma passagem na Bíblia sequer que seja silente quanto aos médiuns, mas todas atacam frontalmente. Como aceitar então uma doutrina cuja prática depende de um fundamento abominado expressamente por Deus?

Evolução

O espiritismo, como visto, ensina que a morte não existe, que o espírito do homem é imortal e que atravessa encarnações indefinidas em direção à perfeição.
A seguinte máxima do espiritismo bem define sua forma de ver a evolução do espírito: “O espírito nasce no mineral, dorme no vegetal, se agita no animal e acorda no homem.” Ela dá a entender que o espírito usaria vestes de diferentes naturezas em suas peregrinações evolucionistas.
Mas, em Eclesiastes, nos defrontamos com a verdade incontestável de que os homens não são uma encarnação em fase mais adiantada do que os espíritos dos animais,mas ambos morrem uma só vez, retornando ao pé.
Eclesiastes 3:19-20 “Pois o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos brutos; uma e a mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro; todos têm o mesmo fôlego; e o homem não tem vantagem sobre os brutos; porque tudo é vaidade. Todos vão para um lugar; todos são pó, e todos ao pó tornarão.”
A Bíblia é precisa em esclarecer que o homem foi criado originalmente p[ara não morrer, mas para viver eternamente na presença de Deus. Mas, com o pecado, vieram a dor, o sofrimento e a morte.
Como por um homem o pecado entrou no mundo, por um Homem (Jesus) o perdão veio ao mundo.
Basta primeiro crer em Jesus e, após isso, seguir Seus passos, fazer Sua vontade, cumprir Seus mandamentos, para viver eternamente com Deus.

Outras Contradições

É importante abordarmos alguns outros aspectos da doutrina espírita que contrariam a Bíblia.
Para começar, os livros doutrinários do espiritismo ensinam que o diabo não existe, mas apenas espíritos obsessores influenciando e causando o mal. O espiritismo tenta nos induzir a um erro grosseiro, bastando lembrar que a Bíblia menciona centenas de vezes a existência do diabo ou Satanás e seus demônios.
Como exemplo, citamos a passagem em que os discípulos pedem a Jesus que explique a parábola do joio do campo, e o Mestre esclarece, com todas as letras, cada uma das figuras utilizadas na parábola. “E ele, respondendo, disse: O que semeia a boa semente é o Filho do homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou é o Diabo; a ceifa é o fim do mundo, e os celeiros são os anjos.” Mateus 13:37-39
Ainda como demonstração de absurdo dessa tentativa ilusória, é importante ler Mateus 4:1; 25:41; Lucas 4:2, 8-12; João 6:70; e:44; 13:2; Efésios 4:27; 6:11; II Timóteo 2:26; Tiago 4:7; I João 3:8; Judas 9; Apocalipse 2:10; 12:9
E nem se pense em dizer que “diabo” e “Satanás” sejam “figuras imaginárias” ou “personagens ilustrativos”, porque a Bíblia é muito vasta e explicativa acerca da origem do pecado e todo o desenvolvimento do mal engendrado pelo anjo caído Lúcifer, também chamado Satanás. O Antigo e o Novo Testamentos são ricos em demonstrar a influência e o trabalho de Satanás como ser individual, existente e concreto, mantenedor do mal e do sofrimento humano, auxiliado pelos outros anjos caídos, os demônios.
Os anjos do bem e os anjos do mal (demônios) não são “espíritos desencarnados”, como ensina a doutrina espírita. Eles têm outra natureza. Na verdade, anjos são seres criados por Deus, superiores ao homem em força e poder (II Pedro 2:11). Dotados de livre-arbítrio como o homem, eram todos bons e muitos se tornaram maus segundo as escolhas que fizeram.
O site da Federação Espírita Brasileira, convidando o usuário a conhecer o espiritismo, faz uma série de considerações que foram compiladas da doutrina espírita, merecendo destaque alguns de seus pontos mais importantes:
Segundo os espíritas, o espiritismo:
• É o conjunto de princípios e leis revelados pelos espíritos superiores, contidos nas obras de Allan Kardec.
• Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus.
• Revela o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da existência terrena, qual a rezão da dor e do sofrimento.
• É o Consolador prometido, que veio, no devido tempo, recordar e complementar o que Jesus ensinou.

Ora, a Bíblia contém todas as leis reveladas por Deus, sejam de natureza física, espiritual ou ética.
Quantos às leis físicas, por exemplo, a Bíblia chega ao ponto de especificar os alimentos q devemos ou não ingerir para ter saúde e bem-estar. Leia Levítico 11.
Quanto às leis espirituais ou éticas, a maior, mais abrangente, imutável e eterna está em Êxodo 20: Os dez Mandamentos. Note-se que os quatro primeiros tratam-se da nossa relação com Deus, e os seis últimos da nossa relação com outras pessoas.
É importante lembrar que a lei maior, apesar das vãs tentativas humanas, permanece inalteradas, imutável e em plena vigência.
Assim é que Jesus disse acerca do cumprimento da lei: “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mateus 5: 17-20
Em Lucas 16:17 “É, porém, mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei.”
Está evidente, pois, que não há lei nova a ser revelada. É pior ainda quando se altera a lei original e verdadeira (como, por exemplo, a versão espírita sobre a origem e o destino do ser humano através das reencarnações, em contradição com Hebreus 9: 27-28).
O que dizer então, de “conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus?” Deus fala de Si e por Si. Ninguém mais. E somente na Bíblia! Ele é Eterno, Imutável, Único, Onipotente. Quanta irreverência falar em conceitos “novos” a respeito de Deus!
Por fim, a alegação de ser o “Consolador prometido por Jesus” é derrubada pela própria complementação do texto inserido no site e nos fundamentos da doutrina espírita: “que veio no devido tempo, recordar e complementar o que Jesus ensinou”. E destaquemos que Jesus indentificou o Consolador em João 14:26 “Mas o Consolador, o Espírito Santo...” O Espírito Santo é parte da Divindade; é Deus, portanto!
Assim, não há que se falar em “espíritos superiores”. Leiamos I Coríntios 2:11-13 “Pois, qual dos homens entende as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? Assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, mas sim o Espírito que provém de Deus, a fim de compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por Deus; as quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais.” Esta passagem mostra que o Espírito Santo é o próprio Espírito de Deus.
Agora vejamos o quq ensina I Coríntios 12:1-11 “Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós sabeis que, quando éreis gentios, vos desviáveis para os ídolos mudos, conforme éreis levados. Portanto vos quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer.”
O Consolador é, assim, Deus sob a forma do Espírito Santo. Fica definitivamente esclarecido que o Consolador não é uma doutrina (o espiritismo) ou um conjunto de espíritos (espíritos superiores, obecessores, ou de outras diversas escalas) mas, um só e o mesmo: Espírito Santo (Deus).
Voltemos agora a João 14:26 11 “Mas o Consolador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito.”
Complementando, lemos em João 16:7-16 “Todavia, digo-vos a verdade, convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei. E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais, e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. Ainda tenho muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora. Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso eu vos disse que ele, recebendo do que é meu, vo-lo anunciará. Um pouco, e já não me vereis; e outra vez um pouco, e ver-me-eis.”
Jesus Cristo expressamente identifica o Consolador e Sua missão. É o Espírito Santo, que tem a missão de lembrar o que Jesus nos disse a respeito do pecado, da justiça e do juízo. Nessa passagem, Jesus deixa claro que o Consolador não falaria de si mesmo, ou seja, não traria leis e conceitos novos, mas diria tudo o que ouviu de Jesus, anunciando o juízo que há de vir.
O espiritismo não pode, portanto, ser o Consolador, na medida que, ao invés de lembrar o que Jesus ensinou, contraria, muda, altera, cria conceitos e leis novas! Muito pior: o espiritismo ensina que Jesus seria “um espírito muito evoluído”, governador do planeta Terra”. Esta parte da doutrina é extremamente grave e antibíblica, pois tenta reduzir o Filho de Deus à condição de mero “espírito evoluído”.

A Bíblia é por demais expressa quando, inúmeras vezes, faz a declaração de que Jesus é Deus, parte da Divindade e não meramente um “espírito evoluído”. “Eu e o Pai somos um.” Disse Jesus (João 10:30)

Como poderia o Consolador ser o espiritismo? É absurdo!
Quem poderia tentar reduzir a divindade de Jesus, senão o inimigo, o diabo, Satanás?
Quem poderia ter interesse em induzir-nos a pensar que por nossas próprias obras (reencarnações) obteríamos a salvação e chegaríamos a uma imaginária e irreal “perfeição” (perfeito só Deus), senão o inimigo, o diabo, Satanás?

Quem poderia engendrar uma forma sutil de nos desviar do plano de salvação elaborado por Deus antes da criação da humanidade, senão o inimigo, o diabo, Satanás? Esse plano foi meticulosamente anunciado nos rituais do santuário e consumado na morte de Jesus na cruz, evidenciando que o modo de salvação é a fé em Jesus. “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14:6.

sábado, 20 de dezembro de 2008

O Espiritismo é de Deus?

Hippolyte Léon Denizard Rivail, nasceu em Lyon, a 3 de outubro de 1804 e morreu em Paris a 31 de março de 1869. Seus primeiros estudos foram feitos na sua terra natal.
Em 1814 transferiu-se para a Suíça onde estudou sob a direção de Pestalozzi, de quem recebeu grande influência, chegando mesmo a substituí-lo. Mais tarde, de volta a Paris, publicou um plano de aperfeiçoamento para o ensino público, fundando o Instituto Rivail. Publicou, também, uma gramática francesa, dentro do seu plano de ensino, mas não foi muito feliz com seu instituto, necessitando fechá-lo, em 1834, por dificuldades financeiras.

Fechado o instituto, passou a traduzir livros e a lecionar cursos gratuitos de química, física astronomia e anatomia. Nessa ocasião, escreveu também várias obras didáticas tornando-se membro da Real Academia de Ciências Naturais da França. A partir de 1852, começou a manifestar interesse por problemas mentais, investigando fenômenos já observados por médicos e estudiosos de outros países. Nas suas investigações, acabou entrando em contato com alguns praticantes do espiritismo como, por exemplo, o médium Fortier que fazia trabalhos com mesas gigantes, e outros que praticavam uma espécie de psicografia sobre uma lousa. Conta-se que, certa vez, ficou muito impressionado com as respostas que eram dadas por "espíritos", através de objetos, sem qualquer interferência humana.

Nos seus contatos, acabou ingressando no mundo do espiritismo e sendo contaminado por ele. Crédulo e ingênuo, nesse campo, logo lhe apresentaram um "espírito familiar' que seria o seu "guia" (Método que o espiritismo usa ainda em nossos dias para iniciar os seus seguidores). Tal espírito fez-lhe saber que o conhecera em existência anterior, na época dos druidas, nas Gálias, com o nome de Allan Kardec, que teria sido um poeta celta.

Em 1856, Kardec reuniu todas as informações que tinha sobre o espiritismo e codificou uma série de leis, publicando no ano seguinte uma obra com o nome Le Livre des Esprits. Este livro alcançou tremenda repercussão, e a ele se seguiram outros treze livros, dos quais, o Livro dos Médiuns é considerada sua obra mais importante sobre a prática do Espiritismo. Escreveu também o Evangelho Segundo o Espiritismo, onde se baseia em alguns ensinamentos de Jesus Cristo para expor suas idéias.

Naturalmente, como não podia deixar de ser, Kardec interpreta sermões e parábolas de Jesus, torcendo o significado e apelando de todas as formas para fazê-los concordar com suas teses, e com as crenças espíritas e animistas que sempre existiram desde as mais remotas épocas.

Kardec e as irmãs Fox

O espiritismo codificado por Allan Kardec, tem como base o desenvolvimento de práticas espíritas antigas. Dentre os nomes mais evidentes do espiritismo antigo, encontramos Franz Anton Mesmer, que assombrou a Europa lá pelos idos de 1774 com seus prodígios na prática do espiritismo e hipnotismo, e Swedemborg, contemporâneo de Mesmer que dizia ter recebido de Deus poder para explicar as Escrituras e comunicar-se com o outro mundo.

Além da influência de Mesmer e Swedemborg, o que realmente despertou a atenção de Kardec, foi a experiência das irmãs Magie e Katie Fox, que levantaram uma onda de uma série de pesquisas e experiências resultando no espiritismo moderno. Alan Kardec entrou nessa "onda". Fez experiências semelhantes com diversos médiuns e acreditou se comunicar com várias entidades espirituais que, inclusive, "orientaram" o livro dos Espíritos.

Magie ou Margareth Fox e sua irmã Katie promoveram o início do espiritismo moderno em Hydesville, Nova Iorque, em 1848. Segundo elas, ouviram pancadas compassadas na casa onde moravam e responderam com pancadas e com estalidos de dedos ouvindo as respostas. Criaram, então, uma espécie de código de comunicação com o "espírito" que teria pertencido a Charles Rosna, antigo morador daquela casa, assassinado com a idade de trinta e um anos.

Curiosos de toda a parte foram atraídos, e as irmãs Fox davam verdadeiros "shows" de comunicação com tal espírito, fazendo perguntas e respondendo também às suas "pancadas". Dentre as muitos curiosos, apareceram estudiosos e pesquisadores do assunto, que divulgaram tal acontecimento de maneira que abalou o mundo na época. Um esqueleto humano, encontrado na adega, em local escondido, deu ao fato maior divulgação e credibilidade tão grande, que atraiu pessoas de todas as classes e camadas sociais. As irmãs Fox ficaram famosas e passaram a promover espetáculos de efeitos físicos os quais, segundo elas, eram promovidos pelos espíritos.

Leão Dinis, no livro No Invisível, escreve o seguinte: "A história do moderno Espiritualismo começou por um caso de natureza mal-assombrada. As manifestações na casa de Hydesville, assim visitada em 1848, e as tribulações da família Fox, que nela residia, são bem conhecidas".

Dr. Boaventura Kloppenburg, no livro O Espiritismo no Brasil, falando sobre as irmãs Fox, escreve: "Dizem-nos as próprios espíritas que o Espiritismo começou com as irmãs Fox. Com efeito, no Congresso Internacional do Espiritismo, de 1925, em Paris, foi aprovada a proposta de exigir um monumento comemorativo em Hydesville, que recebeu a seguinte inscrição: "Erigido a 4 de dezembro de 1927, pelos espíritas de todo o mundo, em comemoração da Revelação do Espiritismo Moderno em Hydesville (N.Y.), a 31 de março de 1848, em homenagem Mediunidade, base de todas as demonstrações sobre as quais se apoia o espiritismo".

A morte não existe. Não há mortos. "E em homenagem particular as irmãs Fox, gravaram neste lugar, estava, em Hydesville, a casa de habitação das irmãs Fox, cuja comunicação mediúnica com o mundo espírita foi estabelecida a 31 de março de 1848. A morte não existe. Não há mortos. Esta lápide foi aqui colocada por Mme. Cadwallader".
Tanto Katie coma Magie se retrataram diante da sociedade, acerca da farsa que engendraram. Magie for a primeira. Sempre tivera uma vida desgraçada. Enquanto ganhava dinheiro e ficava famosa as custas das representações, cada vez mais se lançava no vício da bebida. Chegou a ser processada pelos maltratos aos filhos, e sua vida particular era um verdadeiro inferno. Depois de muito sofrimento, caindo em si, resolveu confessar sua fraude. O jornal New York Herald de 24 de setembro de 1888 publicou na íntegra a sua retratação, enquanto que o mesmo jornal, pouco depois, em 10 de outubro do mesmo ano, publicou a da sua irmã .

Magie, em 21 de outubro de 1888, quase um mês após a sua retratação pública, fez uma exibição na Academia de Música de Nova Iorque, onde se desmascarou a si mesma. Eis a citação do jornal The World, de 22 de outubro de 1888, na reportagem sobre a histórica sessão:
"Ontem à noite, a Academia de Música estava repleta de uma multidão de pessoas que, havendo lido as confissões de Margareth Fox-Kane publicadas no World da véspera, estavam ansiosas por vê-la expor o caráter fraudulento das chamadas manifestações espiritas. Como sucedera na ocasião em que aquele invencível feiticeiro da predestinação, Prof. Herrmann procurou provar, na mesma Academia, que ele nada pedia de excessivo aos espíritos desencarnados, para que executassem coisas aparentemente ocultas e sobrenaturais, a casa achava-se completamente cheia de homens e mulheres declaradamente espíritas. Pessoas para quem a evidência fornecida pelos sentidos parece ser de mínima importância. Havendo elas firmemente esposado a crença de que Shakespeare, Milton e Wellington, sem falar em São Paulo e os outros apóstolos, podem ser induzidos a visitar este mundo para o benefício pecuniário dos "médiuns", consideram todas as tentativas sadias de as desiludir dessa abominável idéia, como outros tantos insultos pessoais...

No dia 21 de outubro, a Sra. Margareth Fox Kane, realizou pela primeira vez seu intento de, com os próprios lábios, denunciar publicamente o espiritismo e seu séquito de truques. Apresentou-se á Academia de Música em Nova York perante numerosa e distinta assembléia e, sem reservas, demonstrou a falsidade de tudo quanto no passado fizeram sob o disfarce de mediunidade espirita. Foi dura provação. A grande tensão nervosa de que padecia tomou-lhe a mente altamente excitada, e o grande número de espíritas presentes na casa tentava criar uma perturbação, ou uma diversão desleal que teria por fim romper a força da renúncia da Sra. Fox. Falharam, porém, completamente, graças ao caráter superior que possuía a maioria dos ouvintes. o efeito moral dessa exibição não poderia ter sido maior. A Sra. Kane manteve-se de pé sobre o palco; tremendo e possuída de intensos sentimentos, fez a seguinte e extremamente solene abjuração do espiritismo, enquanto a Sra. Catharine Fox Jencken assistia de um camarote vizinho dando, por sua presença, inteiro assentimento a tudo que a irmã dizia... Foi colocado diante dela um banco de madeira ou mesinha pousada sobre quatro curtos pés e possuindo as propriedades de uma tábua de sons. Tirando o sapato, a Sra. Fox Kane, colocou sobre a mesa o pé direito. Toda a platéia prendeu a respiração, sendo recompensada por uma série de pequenas e fortes pancadas - aqueles misteriosos sons que, por mais de quarenta anos, têm assustado e atordoado milhares de pessoas neste país e na Europa. Uma comissão composta de três médicos escolhidos entre a platéia, subiu ao palco e após haver-lhe examinado o pé enquanto batia os "toques", concordou, sem hesitação, que o ruído era produzido pela ação da primeira articulação do dedo grande do pé. Somente as pessoas irremediavelmente possuídas de preconceitos e os fanáticos do espiritismo poderiam obstinar-se contra a irresistível força dessa explicação e exibição tão simples de como os toques espíritas são produzidos. A demonstração foi perfeita e completa. E, se os "toques espíritas" encontrarem doravante crédito nessa comunidade, pareceria prudente precaução da parte das autoridades, começar sem demora e aumentar a capacidade dos asilos de alienados do Estado".

Kardec Não Leu Isso

O Codificador do Espiritismo moderno, que baseou suas experiências e observações a partir da experiência das irmãs Fox, infelizmente, não viveu o suficiente para assistir á retratação daquelas irmãs. Morreu cerca de dezenove anos antes. Talvez, se estivesse vivo na época e se fosse sincero, teria feito uma revisão de tudo o que escrevera e, quem sabe, a história do espiritismo teria sido outra.

O Mas não foi assim, e a verdade é que os escritos de Kardec ganharam força. Já que da prática as espíritas nada podiam provar e estavam desmoralizados, passaram para a exploração da teoria é o que fazem até hoje.

O Espiritismo Kardecista e todas as formas de espiritualismo que conhecemos, bem como todas as correntes do baixo espiritismo, nada apresentam de prático que possa provar as suas teorias. Pelo contrário, as pessoas que se envolvem com o baixo espiritismo, principalmente, mas não somente, são pessoas, na sua maioria, de vida desregrada, infelicitadas, viciadas e problemáticas. Os "bons" espíritos de nada servem a elas. Os praticantes do chamado Espiritismo Científico ao do Espiritualismo ou do Espiritismo Kardecista, nada têm dado como contribuição à sociedade. Afirmam conversar com espíritos superiores e até com espíritos habitantes de outros planetas, mas o que fazem esses espíritos por eles?. Nada! Nunca apresentaram a cura para as enfermidades dos homens; não contribuem em nada para o aperfeiçoamento moral ou espiritual da humanidade e não têm nenhuma ação digna de nota em toda a história humana. Alguém pode apontar algo importante que concretamente foi realizado por um espírito desencarnado? Onde estão os sábios, as filósofos e os super evoluídos espíritos desencarnados que sequer conseguem dar um conselho às autoridades para ajudar a resolver nossos problemas. Por que não aparecem ao Presidente da República, ao Ministro do Planejamento ou da Educação, ou aos nossos líderes espirituais? Por que só aparecem as pessoas ausentes dos grandes problemas nacionais e comunitários? Por que se escondem?.

A grande realidade é que o Espiritismo, nas suas diversas denominações ou filosofias, é uma grande farsa. O autor destas linhas acredita numa ação demoníaca e enganosa no mundo do espiritismo. Não descreio do sobrenatural. A farsa das irmãs Fox poderia ser verdadeira. Creio que tais estalidos poderiam ter outra origem, menos a de ter origem em alguém que já tivesse morrido. Veremos isso a seguir.

No Brasil, o espiritismo Kardecista está apoiado nas doutrinas básicas de seu profeta, Allan Kardec. Seus praticantes costumam dizer que são os verdadeiros espíritas, sendo as demais, "espiritistas" ou "mediunistas".

A essência do Espiritismo é a mesma. Mudam-se apenas os nomes e as práticas. Embora Kardec tenha mesclado a sua doutrina com alguns ensinamentos de Jesus, tais ensinamentos são explanados de maneira torcida e comprometida com as doutrinas do próprio Kardec. Suas citações dos Evangelhos são interpretadas, torcidas e mutiladas numa tentativa de adaptá-las aos ensinamentos demoníacos e falsos do espiritismo.

Espiritismo Kardecista brasileiro está dividido em várias correntes. Os ortodoxos ficam apenas com os ensinamentos de Kardec, enquanto que as demais correntes assimilam também, ensinamentos de diversos espíritas como Pastorino, Chico Xavier e outros.

J. Cabral, no Livro "Religiões, Seitas e Heresias", identifica as seguintes práticas espíritas no K. kardecismo brasileiro:

De um modo geral usam as seguintes práticas:

- Comunicação com os mortos: espíritos de pessoas que viveram entre nós e que ora são mensageiros celestes, ora necessitam de caridade.
- Comunicação com espíritos evoluídos: espíritos de seres que estão em plano superior, no éter. Alguns desses dizem habitar em outros planetas.
- Comunicação com extra - terrestres: espíritos que não viveram entre nós; são de outra esfera espiritual, super evoluídos.
- Caridade espiritual: feita a espíritos errantes, obsessores, em evolução (conselhos, doutrina, imprecações magnéticas, etc.) .
- Doutrinamento: Palestras baseadas na doutrina Kardecista; palestras feitas por mensageiros do além, estudos nos livros espíritas, etc.
- Cânticos: usam cânticos durante as reuniões: têm corais, conjuntos de jovens, etc.
Os centros kardecistas têm sempre um mentor espiritual (como o pai de santo da umbanda), um protetor (entidade desencarnada) e organizações sociais que contribuem para com orfanatos, asilos, etc.

Embora o espiritismo não se considere uma religião, o fato de invocar os espíritos, como nas religiões primitivas, para obter comunicações e aconselhamentos, não deixa de ser uma atitude religiosa que induz a cultos, ritos e crenças. As crenças básicas do espiritismo, baseadas na sua própria prática, como vimos anteriormente, são a existência de um Deus inteligente, causa suprema de tudo o que existe, a existência da alma ou espírito, unido durante a vida terrestre ao corpo físico, por um elemento intermediário, o "perispírito", espécie de corpo etéreo, a imortalidade da alma e a sua evolução, que se dá em estágios progressivos de perfeição até se sublimar nas esferas superiores; daí as reencarnações postuladas pelo espiritismo kardecista, e a lei da Carma, que garante a responsabilidade individual e coletiva de todos os seres.

As Doutrinas de Kardec

Como já temos dito, Kardec foi muito mais um codificador do que um criador das doutrinas espíritas. Entretanto, a maneira como canalizou certas crenças, fez com que sistematizasse uma espécie de doutrina espírita, criando uma escola seguida por milhares de discípulos, ou reforçando argumentos de outras escolas, dada à sua autoridade como pesquisador e codificador. As doutrinas mais importantes do kardecismo são as seguintes:

A REENCARNAÇÃO - É a crença no simples retorno do espírito à vida terrena, em um corpo humano, ora para purificar-se das más ações praticadas na vida anterior (como no hinduísmo), ora para cumprir uma missão especial. A teoria do Carma - lei da causa e do efeito - está implícita nessa doutrina Crêem que o que se faz aqui, paga-se aqui. Admitem que o sofrimento ou é a paga de algum mal praticado, ou um benefício que visa aperfeiçoar o espírito.

Costumam classificar os espíritos em quatro categorias; imperfeitos, bons, superiores e puros. Certamente que, tal ensinamento, está em oposição com os ensinamentos de Jesus Cristo. A doutrina da reencarnação invalida a obra de redenção do pecador mediante a morte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Leia A Bíblia. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação. Hebreus c9v.27,28

COMUNICAÇÃO COM OS MORTOS - A crença na vida além do túmulo é comum a todas as religiões. No espiritismo moderno, devido a estudos de comunicação com os espíritos por intermédio da mediunidade, tem-se enfatizado a possibilidade de se comunicar com espíritos desencarnados. Essa prática, embora enfatizada modernamente por alguns falsos profetas do espiritismo, é muito antiga. Já nos tempos do Antigo Testamento, encontramos os judeus envolvidos com a consulta àquilo que entendiam serem os mortos. Deus, na Sua Palavra, proíbe explicitamente tal prática. Não por ser ela verdadeira, mas por ser enganosa e perigosa, uma vez que enreda o praticante nas teias venenosas da prática espirita.

Leia A Bíblia
Não se achará entre ti quem faça passar polo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os (mortos); pois todo aquele que faz tal coisa é abominado ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança de diante de ti. Deuteronômio c18.v 10-12


AUTO-SALVAÇAO - É a doutrina que afirma que os homens vão se aperfeiçoando, pela evolução espiritual, a cada reencarnação. Dessa forma, através do sofrimento e da prática das boas obras, o "espirito" atinge uma categoria de pureza tal, que se pode dizer ter atingido a sua própria salvação.
O choque com os ensinamentos de Jesus é evidente. O Mestre dos mestres ensinou que a salvação só se alcança mediante a fé nele, como nosso Salvador, por Sua graça e misericórdia, e nunca meritoriamente.

Leia A Bíblia
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome. João c1v12
Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em cristo Jesus.
Romanos c3v.23,24


Kardec Não Acreditava:

NA EXISTÊNCIA DO CÉU - Para ele e para o espiritismo, existem diferentes mundos para habitações dos espíritos. Segundo eles, diferentes "planos espirituais" destinados aos vários estágios de evolução. Jesus Cristo afirmou: Na casa de meu Pai há muitas moradas... (João 14.2), mas, claramente, estava se referindo a muito lugar, á amplitude junto ao Pai Celestial, e não àquilo que imaginam. Ao ladrão da cruz, Jesus prometeu estar com ele imediatamente no paraíso, ou seja, na presença de Deus. Segundo a doutrina espírita, ele teria ainda de reencarnar muitas vezes para purgar a sua vida indigna naquela encarnação.

Leia A Bíblia
Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso .Lucas c23v,43
Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus João c3v,18
Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, O Senhor Jesus cristo. Filipenses c3.v20


NA EXISTÊNCIA DO INFERNO - Para Kardec, o inferno era mera superstição. Isso está bem de acordo com a sua teoria da evolução do espírito. Se o espírito evolui constantemente, certamente não viria alcançar um castigo no inferno como crêem os cristãos. É bom frisar, que no espiritismo kardecista a crença é que o espirito está sempre em evolução. Por menor que seja a evolução de um espirito, o seu estado é de aperfeiçoamento constante. Assim, um determinado momento na evolução, por pior que seja, nada tem a ver com o inferno cristão, que é fixo e do qual, os que ali estão condenados, jamais sairão.
Kardec, pôr essa crença, logicamente, desprezava também a idéia da extinção, conforme crêem algumas seitas orientais e alguns grupos de cristãos que não aceitam a eternidade do inferno.

Leia A Bíblia
Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.
Mateus c25v.4I
Ora, se Deus não poupou a anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, as entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo. 2 Pedro c2v.4


NA EXISTÊNCIA DO DIABO - No espiritismo kardecista, bem como nos demais, o diabo apenas é a representação do mal. Embora seja confundido com alguns exus ou outros espíritos "malignos", nas mais diversas ramificações e filosofias espíritas, na verdade, os adeptos do espiritismo não acreditam que ele seja uma personalidade, um ser espiritual, dotado de vontade, razão e raciocínio.

A Bíblia, por meio de símbolos e alegorias e principalmente por expressões que devem ser traduzidas literalmente, atesta a existência do diabo como um ser pessoal. O Livro de Deus nos apresenta o diabo como um anjo que, por seu orgulho e desobediência, foi destitúido de sua posição tornando-se um "adversário" de Deus, arrastando consigo milhares de anjos.

Não podendo comungar com Deus, Satanás e seus seguidores buscam compartilhar com os homens de suas atividades na terra. suas experiências terra. Sua ação tem dois objetivos principais: comungar com o homem e participar de suas experiências e, ao mesmo tempo, procurar afastá-lo de Deus, uma vez que este tomou o seu lugar no plano divino, e goza de regalias junto ao Criador

. Como são espíritos, e vivem em outra "dimensão", necessitam do corpo humano para se expressar. Por isso, participam de todas as atividades humanas. Jogam, brincam, bebem, fumam, dançam, praticam o sexo, dirigem empresas e têm as suas "igrejas", as quais o próprio Jesus chamou de "Sinagogas de Satanás".

Leia A Bíblia
Perguntou ainda o Senhor a Satanás: Observaste a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Jó c1v.8
Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe aos desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere a mentira, fala do que lhe e próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. João c8v. 44
E não é de admirar. porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. 2 Coríntios c11v.14


Não somente Kardec ou o espiritismo negam a existência de Satanás. Muitos eruditos e intelectuais, inclusive religiosos e cristãos , também o fazem. Pergunto-me como isso pode ser possível, se a Bíblia está cheia de referências diretas à existência deste ser.

Admitir que é apenas uma questão de linguagem é um absurdo, principalmente pelas milhares de referências bíblicas direta com relação ao assunto. Crer que a linguagem estava diretamente ligada ao conhecimento da época e á sua cultura, é menosprezar a Bíblia como a "revelação" de Deus e diminuir, senão eliminar os fatores "inspiração" e "revelação" tanto dos escritos como dos próprios personagens bíblicos, principalmente Jesus Cristo. Seria dizer que Jesus também viveu enganado pela "cultura" do seu tempo, e acreditava em coisas que não existiam.

Admitir, por outro lado, que as escritores bíblicos e o próprio Jesus apenas "usaram a linguagem da época", é admitir que eles enganaram aos seus ouvintes e seguidores, não lhes falando a verdade, simplesmente para não fugirem à sua "cultura".
Somente um exame cuidadoso das Escrituras Sagradas podem nos revelar a verdade. É claro que seria muito cômodo o fato de satanás não existir, nem demônios, nem inferno, nem condenação. Todos gostariam de que as coisas fossem assim. Dessa forma não precisaríamos ter responsabilidades, nem teríamos contas a acertar com Deus e tudo o que fizéssemos seria justo. A Bíblia, por sua vez, não advoga tais crenças.

Satanás existe sim, está vivo e ativo e tem como uma de suas principais estratégias fazer com que o homem lhe negue a existência. só assim poderá trabalhar com sossego, na construção do seu reino, arrastando para si os ingênuos, os incautos e aqueles que, deliberadamente fazem a sua vontade
.
NA EXISTÊNCIA DE DEMÔNIOS
O kardecismo não aceita o diabo como um líder de uma organização, nem como pessoa. Também não aceita a existência de demônios. Para ele, o que o vulgo chama de demônios são ora espíritos desencarnados, que por vários motivos se comunicam com os homens, ora são apenas meras superstições ou produtos da mente humana.

Kardec não advogava a idéia dos demais espíritas de que existem entidades desencarnadas, de outra natureza, origem ou dimensão. Nessa categoria, poder-se-ia incluir os exus, os orixás e os deuses e semi-deuses do paganismo. Para o codificador do espiritismo moderno, todos os espíritos têm a mesma origem e o estado em que se encontram deve-se á evolução de cada um deles.

Para os cristãos, os demônios são anjos decaídos que, sob a liderança de Satanás, uma espécie de "chefe", forarn afastados da comunhão com Deus e que por isso mesmo, além de buscarem se expressar através do corpo humano e das atividades dos homens, tudo fazem para afastá-los de Deus. Pelo menos, é essa a crença tradicional da igreja cristã, baseada em ensinamentos bíblicos.

Leia A Bíblia
Antes digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam, e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios: não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. 1 Coríntios c10v.20,21
Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até as demônios crêem e tremem. Tiago c2v,19
Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. Por isso diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. Mateus c12v.43.44


Existe uma hipótese, muito defendida entre os cristãos, de que há uma diferença marcante entre anjos decaídos e demônios, sendo estes últimos espíritos desencarnados, que viveram provavelmente na terra antes da criação do homem. Tais espíritos, como um todo, estão condenados a viver sob uma forma incorpórea, daí sua obsessão em se apossarem dos corpos dos homens para, através deles, se expressar.

Mesmo essa hipótese, nada tem a ver com o ensinamento de Kardec. Para ele, os espíritos estão em eterna evolução. No caso de tais espíritos "demoníacos", não lhes cabe evoluir. Não podem mais se redimir da sua culpa. Estão condenados eternamente. Lendo o livro de Atos dos Apóstolos, vemos que os judeus faziam Clara distinção entre anjos e demônios:
Não achamos neste homem mal algum; e será que algum espírito ou anjo lhe tenha falado? Atos c23.v981

Um bom argumento contra essa hipótese é que os judeus chamavam de anjos somente aos bons mensageiros de Deus. Os anjos decaídos eram chamados de demônios.
Tais considerações deixa Clara uma coisa: a certeza da existência de demônios como seres espirituais de natureza diferente da nossa, e que vivem tentando afastar o homem de Deus. Kardec negava isso. Seus discípulos o negam até hoje, como o fazem com todas as doutrinas básicas da fé cristã. O espiritismo cristão tão apregoado por Allan Kardec, não existe. É mero rótulo e ilusão. Pena que muitos incautos estejam caindo na ratoeira preparada por Kardec e seus seguidores.

João Batista era Elias?

Objeção Bíblica
Um dos conceitos de hermenêutica mais conhecido é aquele que diz que a bíblia interpreta-se a si mesma. Portanto, somos impedidos de lançar mãos de recursos alheios ao espírito bíblico para interpretar o mais simples dos seus ensinos . A bíblia mesma dá respostas às suas indagações. A pergunta: - João Batista era Elias reencarnado ou não? Ele mesmo responde a esta indagação, dizendo: - "Não sou" (João c1v21.)

Sobre João Batista, diz Lucas c1v.17: "E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto". Isto não quer dizer que fosse Elias, mas que no seu mistério haveria peculiaridades do ministério de Elias. De fato, a Bíblia não trata de nenhum outro caso de dois homens, cujos ministérios tenham tanta semelhança como João Batista e Elias. Lembra o refrão popular: "Tal pai, tal filho". Isto não quer dizer que o filho seja absolutamente igual ao pai, ou que um seja a reencarnação do outro, mais sim, que existem hábitos comuns entre ambos.

Cinco Pontos a Considerar
Dentre as muitas razões pelas quais cremos que João Batista não era Elias reencarnado, queremos citar as seguintes:

Os judeus criam que João Batista fosse ressuscitado, não reencarnado (Lucas c9v7,8).Se os judeus realmente acreditassem que João era Elias reencarnado e não ressuscitado, não teriam noutra oportunidade admitido que Cristo fosse Elias ressuscitado. João Batista e Cristo, que viveram simultaneamente por cerca de trinta, anos não podiam ser Elias ressuscitado ou reencarnado, ao mesmo tempo (Lucas c9v7,9).

Se reencarnação é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito, é evidente que um vivo não pode ser reencarnação de alguém que nunca morreu. Fica claro assim que João Batista não era Elias, que este não morreu, pois foi arrebatado vivo ao Céu (2 Reis c2v11).

Se João Batista fosse Elias, quem primeiro teria conhecimento disso teria sido ele mesmo e não os judeus ou os espíritas. Àqueles que lhe perguntaram: - "Ès tu Elias?", ele respondeu desembaraçadamente: -"Não sou". (João c1v21).

Se João Batista fosse Elias reencarnado, no momento da transformação de Cristo aparecido Moisés e João Batista, e não Moisés (Mateus 17.18).
Fica mostrado, portanto, que a Bíblia não apoia a absurda teoria espirita da reencarnação. Até mesmo os chamados "fatos comprovados" da reencarnação, apresentados pelos advogados do espiritismo, na verdade não comprovam coisa alguma.

SAUL E A MEDIUM DE EN-DOR

(Antes de prosseguir, tome a sua Bíblia abrindo-a no capítulo 28 de 1 Samuel. Leia todo esse capítulo e em seguida volte à leitura deste livro.)
Concluída a leitura desta porção das Escrituras, vem à mente perguntas, tais como: É ou não possível comunicar-se com os espíritos de pessoas falecidas? Foi ou não Samuel quem apareceu na sessão espírita de En-Dor? Muitas respostas poderiam ser dadas aqui, como por exemplo: A assembléia judaica sempre acreditou que Samuel realmente apareceu naquela ocasião. Essa também era a opinião dalguns dos mais destacados lideres da Igreja dos primeiros séculos, entre eles, Justino Mártir e Origens. Já Tertuliano, Jerônimo, Lutero e Calvino acreditavam que um demônio apareceu em forma de pessoa, personificando Samuel.

ANÁLISE DO CASO

Até mesmo uma despretensiosa análise de 1 Samuel 28, mostra clareza meridiana que um espirito de engano, e não Samuel, foi quem apareceu na sessão espírita de En-Dor. Dentre as muitas contra a opinião de que Samuel apareceu naquela ocasião, destacam-se as seguintes:

a. Nem a médium nem o seu espirito de mediunidade exerciam qualquer poder sobre a pessoa de Samuel. Só Deus exercia esse poder; pelo que não iria permitir que o próprio deus condenou (DT 18.9-14).

b. Após informar a Saul que deus o tinha rejeitado, Samuel nunca mais disse coisa alguma a esse rei.

c. se fosse Samuel que tivesse aparecido na ocasião, ele não teria mentido, dizendo que tivesse aparecido na ocasião, ele não ele não teria mentido, dizendo que Saul perturbara seu descanso, se Deus e não Saul, lhe tivesse ordenado; nem dizendo que Saul e seus filho estariam com ele no dia seguinte (VV 15,16).

d. Saul mesmo disse que Deus já não lhe responderia nem pelo ministério dos profetas e nem por sonhos (VV 6,15), pelo que Deus, no último momento, não teria cedido de Saul de receber outra revelação; não teria entrado em contradição com a sua palavra que nega a possibilidade de vivos terem contato com os mortos (JÓ 7.9,10 Es 9.5,6; LC 16.31); não teria criado a impressão de que tentar entrar em contato com os mortos não é tão mau como antes ele mesmo dissera ser (DT 18.9-14); não teria afirmado que Saul deveria morrer por causa da consulta feita à médium (1 CR 10.13).

e. Saul disse à médium a que deveria chamar. De acordo com o estudo dos fenômenos psíquicos, a médium teria lido na mente de Saul qual seria a aparência de Samuel, e a descrevera como Saul costumava vê-lo.

f. A médium temeu porque: em seu transe ela reconheceu Saul (V. 12) que era conhecido como inimigos das práticas espiritas; ou, ela viu um espirito adejando por cima da aparição que com "prodígios de mentira", se fazia passar por Samuel.

g. Saul mesmo não viu Samuel. De acordo com a descrição da médium, foi que ele mesmo supôs que a personagem descrita era Samuel.

h. Quanto à profecia a abordada durante a sessão em En-Dor,J.K. Van Baalem, no seu livro o Caos das Seitas, dá as seguintes possibilidades: a mulher percebeu o medo de Saul, de que o seu fim era iminente, e isso ela predisse; a mulher tomou conhecimento da profecia feita antes por Samuel (1 SM 15.16 ,18),que vinha perseguindo Saul (1 SM 16.2; 20.31,etc.), pelo que lhe disse o que ele esperava ouvir; se um demônio se fazia passar por Samuel e falou por meio da médium, então a mulher ter-se-ia lembrado da profecia de Samuel, fazendo uso dela.

i. não era necessário que alguém fosse perito ou estrategista em guerras para prever a derrotar de Saul e de Israel diante dos filisteus. Em todos os tempos o salário do pecado é a morte. No capítulo 15 de 1 Samuel, a questão dessa consultar a médium.

j. A parte final do vaticínio da médium não foi verdadeira no seu cumprimento, pois, nem Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos.
o A- Satanás é o pai da mentira João c8v44
o B- imita a realidade com seus encantos EXODO C7.22 8.7
o C- transforma-se em anjo de luz 2 corintos c11v14
o D- Opera milagres 2Tessalonicenses ccv9

O PECADOR ESTÁ PERDIDO

ROMANOS [6]:23 O salário do pecado é a morte.
EZEQUIEL [18]:4 A alma que pecar, essa morrerá.
EFÉSIOS [2]:1 Estando vós mortos nos vossos delitos e pecados.
JOÃO [8]:24 Se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados.
ISAíAS [59]:2 As vossas iniqüidade fazem separação entre vós e o vosso Deus.
JOÃO [3]:3 Em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
JOÃO [3]:18 Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
JOÃO [3]:36 Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.
MATEUS [25]:41,46 Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos... E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.
APOCALIPSE [21]:8 Quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte.
MATEUS [13]:49,50 Assim será no fim do mundo: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes.

COMO POÇO SER SALVO

ROMANOS [5]:8 Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.
I PEDRO [2]:24 Levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
I PEDRO [3]:18 Porque também Cristo morreu uma só vez pêlos pecados, o justo pêlos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito.
ISAíAS [53]:5,6 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidade; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.
I JOÃO [2]:1,2 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.E ele é a propiciação pêlos nossos pecados, e não somente pêlos nossos, mas também pêlos de todo o mundo.
JOÃO [1]:29 No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

Conclusão

O espiritismo é uma doutrina sutilmente construída com o objetivo de desviar o ser humano do plano de salvação, na medida em que nega Jesus como nosso único intercessor perante o Pai (“Ninguém vem ao Pai senão por Mim”) e cria uma gama de “entidades intercessoras” e “espíritos superiores”, personalidades inexistentes.

Suas premissas aparentemente trariam conforto. Sua intenção é nos iludir com uma argumentação irreal. Tenta nos levar a crer que não há problema de errarmos nesta vida, pois teríamos inúmeras outras vidas (encarnações) para corrigirmos nossas faltas e nos aprimorarmos espiritualmente em direção à perfeição. Se tal idéia fosse verdadeira, não haveria razão para qualquer preocupação com a santificação espiritual nesta vida.

Pela perspectiva espírita, nossa fé em Jesus seria limitada ao vê-lO como simples espírito muito evoluído, e não como parte da divindade que Ele é. Dessa maneira, todo plano de salvação, preparado com amor por Deus para nós, seria desvirtuado e milhares de seres despencariam abismo abaixo, por se apegarem aos ensinos frágeis da doutrina espírita, ao invés de se apoiarem nos braços fortes de nosso Mestre e Salvador.

Naturalmente, o inimigo encontrou uma forma sutil de iludir as pessoas, sem atacar frontalmente a verdade cristocêntrica. Ele camufla a sua tese, adotando o evangelho como base de sua doutrina, mas introduz interpretações contrárias ao contexto bíblico. Note-se que ele não nos chama a falar de coisas mundanas, mas nos convida a estudar o evangelho, só que à sua maneira, sob sua interpretação, com os seus enganos, contrariando as Escrituras.

É uma estratégia, sem dúvida, muito sagaz. Por isso mesmo, tem iludido multidões. O inimigo oferece um cardápio variado de teses, seitas e religiões para todos os gostos e níveis intelectuais nos dias atuais, mas o espiritismo é sua obra-prima.

A principal mensagem que quero levar aos meus amigos espíritas é: “Estudem a Bíblia.” Como podem, assim como eu fiz, acreditar num livro chamado Evangelho Segundo o Espiritismo, se jamais estudaram o EVANGELHO, ou seja, o original que deu “base” ao derivado?

Não precisam e nem devem simplesmente acreditar no que falo aqui, mas precisam e devem estudar (não apenas ler) a Bíblia. Após esse estudo, constatarão, como eu constatei, que o espiritismo “torna” a Bíblia um livro supostamente figurado, fantasioso, ultrapassado e até mentiroso. Mas tenho a certeza de perceberão, como eu percebi, que a Bíblia contém uma verdade divina, lógica e imutável, que revela ser o espiritismo uma doutrina irreal, fantasiosa e enganadora.

Portal Apocalipse - Estudos Bíblicos.